Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1% da população com mais de 65 anos tem a doença. No mundo todo, mais de quatro milhões de pessoas são afetadas e no Brasil estima-se que cerca de 200 mil pessoas com mais 60 anos sejam portadoras da doença que foi descrita pela primeira vez na Inglaterra, pelo médico James Parkinson.
O Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, causada pela deterioração progressiva das células nervosas da parte do cérebro que controla o movimento muscular.
Crônica e progressiva, a doença de Parkinson se manifesta em alguns indivíduos devido à degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células normalmente produzem uma substância chamada dopamina, que conduz as correntes nervosas – os neurotransmissores – ao corpo. Com a degeneração dessas células o que ocorre é a falta ou a diminuição da dopamina o que passa a afetar os movimentos da pessoa, provocando diversos sintomas tais como: lentidão, tremores, rigidez muscular, desequilíbrio, perda do controle muscular, alterações na fala e na escrita.
O Parkinson não é uma doença fatal, nem contagiosa. Também não há evidências de que seja hereditária. Apesar dos avanços científicos, ainda permanece incurável e a sua causa continua desconhecida até os dias de hoje.
O Parkinson não é uma doença fatal, nem contagiosa. Também não há evidências de que seja hereditária. Apesar dos avanços científicos, ainda permanece incurável e a sua causa continua desconhecida até os dias de hoje.
Sinais como o tremor, principalmente nas mãos, é o que costuma levar a pessoa a buscar ajuda médica, mas nem sempre esse sintoma está associado à doença de Parkinson.
O diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e nos exames neurológicos. Não há nenhum teste específico para fazer o diagnóstico da doença de Parkinson, nem para a sua prevenção.
Apesar de ser mais associada ao fator idade, a doença pode acometer qualquer pessoa, independentemente de sexo, raça, cor ou classe social. A grande maioria das pessoas tem os primeiros sintomas geralmente a partir dos 50 anos de idade. Mas pode também acontecer nas idades mais jovens, embora esses casos sejam mais raros.
As pesquisas sobre o Parkinson não cessam e de tempos em tempos apresentam bons resultados em relação aos tratamentos, controle de sintomas e novas descobertas relativas a manifestação da doença.
Apesar de ainda não existir a cura, a doença de Parkinson pode e deve ser tratada, não apenas visando combater os sintomas, mas também retardando o seu progresso e mantendo a melhor qualidade de vida do afetado.
O tratamento médico para combater o Parkinson é baseado em remédios e cirurgias, além da associação com terapias de saúde complementares tais como a fisioterapia, a fonoaudiologia, a psicologia, terapia nutricional e ocupacional. Diante da constatação da doença, o médico indica o tratamento medicamentoso adequado as necessidades do paciente e passa a acompanhá-lo de perto.
As terapias complementares são consideradas fundamentais para a qualidade de vida do paciente que assim pode usufruir dos avanços nessa área específica da saúde, obtendo animadores resultados que irão aliviar os sintomas da doença.
A atitude que o parkinsoniano e seus familiares devem ter frente ao Parkinson é o encorajamento para buscar informações atualizadas e esclarecimentos sobre todos os benefícios que podem ser obtidos através dos tratamentos multifuncionais na prevenção e melhoria dos sintomas.
A fisioterapia é um complemento indispensável ao tratamento da doença, sendo considerada tão importante quanto os remédios. Com base na reeducação dos movimentos do corpo e na prática de atividades físicas importantes, a fisioterapia permite que o tratamento seja mais eficaz, atuando de forma determinante inclusive para melhorar o estado psicológico e a disposição do parkinsoniano.
A fonoaudiologia é também considerada uma terapia fundamental uma vez que a falta de coordenação e a redução do movimento dos músculos do parkinsoniano também afetam a produção dos sons da sua fala. Com o auxílio da terapia fonoaudiológica, o paciente pode conservar uma fala mais ativa, mais compreensível e uma voz mais firme e melhor modulada, fatores indispensáveis a sua boa comunicação com seus semelhantes.
Além do auxílio na manutenção da comunicação adequada, a fonoaudiologia auxilia nos exercícios diários da mastigação e da deglutição, permitindo uma alimentação mais saudável e natural que ajuda na manutenção do peso, da nutrição e da qualidade de vida do parkinsoniano.
O terapeuta ocupacional é o profissional que melhor poderá orientar o parkinsoniano nas atividades de sua vida cotidiana, além de prepará-lo para a implementação de condutas que lhe tragam maior independência, prazer, concentração, facilitação na condução de sua higiene pessoal e até mesmo a reinserção em sua atividade profissional.
O acompanhamento nutricional também é importante já que uma boa dieta pode melhorar o estado geral do paciente. Conselhos sobre o número de refeições diárias, os intervalos, o conteúdo da dieta especial, o teor calórico diário do seu cardápio e a forma de apresentação dos variados tipos de alimentos são fundamentais para que o parkinsoniano consiga se alimentar de forma eficiente.
Psicólogos também podem influenciar bastante no tratamento, uma vez que os fatores emocionais são uma parte importante da doença de Parkinson, tanto para o portador como para seus familiares. A terapia pode ajudar a diminuir os efeitos traumáticos da doença que acabam gerando confusão e ansiedade.
Como ocorre em outras doenças degenerativas, o Parkinson pode afetar no mínimo duas pessoas: o paciente e seu cuidador. Por isso, é tão importante que os familiares dos portadores da doença busquem informações para ajuda na condução do tratamento ou até se engajem em grupos de apoio que surgem basicamente com esse objetivo: apoiar os parkinsonianos e seus familiares.
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